Na realização dos Jogos Olímpicos (de 5 a 21 de agosto) e Jogos Paralímpicos (de 7 a 18 de setembro), a Polícia Militar cumpre sua destinação constitucional de manter a ordem pública, com seus efetivos de prontidão, destacando quatro batalhões para missões especiais: BOPE, BAC, Choque e BPTur, sob o comando da Coordenadoria Especial de Assuntos Olímpicos (CEAO), criada em 2010.
E ninguém está mais preparado para a missão do que o Comandante-Geral, Coronel Edison Duarte dos Santos Júnior, que esteve na Copa das Confederações, na África do Sul, e nas Olimpíadas, de Londres, exatamente para estudos de segurança. Tudo foi planejado, treinado e agora executado. Há uma grande preocupação que não existia em outros eventos, a ameaça de um ato terrorista.
Mas a PMERJ, que está atenta, também espera aplausos e medalhas por um motivo especial: atletas paralímpicos. Quem já ganhou medalha de ouro foi o soldado PM Pablo Duarte, lotado no Batalhão de Polícia de Choque, primeiro colocado no Curso de Formação de Motociclista Militar Batedor, promovido pela Força Aérea Brasileira, nos meses de março e abril.
Policiais do BOPE e do BAC participaram, desde o começo do ano, de exaustivos treinamentos ao lado de fuzileiros navais e agentes da Unidade de Combate ao Terrorismo da Polícia da França, Le Raid. Eles ocuparam trens do Metrô e Supervia, barcas e proximidades de aeroportos, Vila Olímpica e todos os espaços de competição.
Além da FAB e dos helicópteros do Exército e Marinha, o GAM, Grupamento Aeromóvel da PMERJ está preparado para policiar toda a cidade do espaço aéreo, durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro. Da frota de cinco helicópteros da corporação, dotados de alta tecnologia, todas as regiões da capital e do Grande Rio estarão no foco do patrulhamento aéreo.
Nos dias pré-olímpicos e de jogos, com a modernização da infraestrutura de transporte e ajardinamento da Praça Mauá e Avenida Rio Branco, o Rio de Janeiro se enche de visitantes e turistas. Um trabalho redobrado para a PM, com vigilância constante. Lá estão também 500 agentes da Operação Centro Presente, com base no Largo da Carioca. É o policiamento privado, patrocinado pela Fecomércio. Muitos cariocas se lembram dos tempos em que a região, por onde trafegam diariamente mais de dois milhões de pessoas, era policiada pelos soldados do 13º BPM, desativado há vários anos, com seu efetivo remanejado para o 5ºBPM, na Praça da Harmonia e, depois, para diversas UPPs.
Quem trabalhou no 13º BPM, na Praça Tiradentes, ficou com muitas lembranças e experiências na memória. O cabo Wagner Luís da Fonseca e Silva é um exemplo disso. Ele recorda os tempos de patrulhamento do Centro da cidade com saudades.
“O Batalhão era um exemplo de eficiência. A tropa conhecia tudo, de todas as ruas e avenidas. A gente sabia quais eram os pontos da bandidagem que estava pronta para furtar carteiras e objetos dos passantes. E os marginais sabiam que a PM estava atenta. Estive no 13º BPM no tempo dos Jogos Pan-Americanos, em 2007. Tudo funcionou bem” – declarou Wagner Luís.
Um exemplo de atleta
Um exemplo para a corporação é o Sargento Jonas Licurgo, associado da Caixa Beneficente e recordista em lançamento de dardo, disco e arremesso de peso, que fez da cadeira de rodas o meio de superação e motivo de orgulho. Policial Militar do extinto GETAM, Jonas Licurgo foi reformado após ser ferido em combate ao sair de serviço de sua Unidade onde era baseado no RPMont, em 2000.
16 anos em uma cadeira de rodas, está há 13 anos no esporte Paralímpico. Desde que passou a fazer parte do projeto Renascer, Servir e Proteger, do Centro de Educação Física e Desportos da Polícia Militar (CEFD), em parceria com a Diretoria de Assistência Social (DAS), ele bateu vários recordes em competições paralímpicas, onde foi nove vezes recordista Brasileiro, nove vezes recordista das Américas, medalha de Ouro no ParaPan de Toronto no Canadá em 2015 e medalha de bronze no Mundial de Atletismo no Qatar em 2015.
O Projeto tem o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos Policiais Militares, assim como de civis, bombeiros, filhos/dependentes, além de outras pessoas com algum tipo de deficiência, por meio das atividades paralímpicas. O Diretoria Executiva se orgulha de ter um associado representando tão bem a Polícia Militar. O Sargento Jonas Licurgo, antes cotado para a disputa dos Jogos Paralímpicos, acabou ficando de fora do torneio.