Para investigar as mortes dos policiais, as circunstâncias e as consequências para os familiares e a população, a Alerj instalou no mês de outubro a CPI das mortes dos policiais militares. Presidida pelo deputado Paulo Ramos, autor da obra, o objetivo da CPI é demonstrar claramente a barbaridade que vem acontecendo em todo o Estado do Rio de Janeiro, onde neste ano de 2015 já tivemos mais de 60 policiais mortos em serviço, fora os outros tantos feridos ou mortos fora do regime trabalhista.
Para se ter uma noção, entre o final do mês de setembro e o início do mês de outubro, em menos de uma semana, cinco policiais militares vieram a falecer no exercício de suas funções, um número que a cada dia cresce no Estado do Rio de Janeiro. Para o deputado Paulo Ramos, isso precisa de um basta.
“O objetivo dessa comissão é fazer um levantamento criterioso do número, nomes e circunstâncias das mortes desses policiais. Estamos falando não apenas das mortes por ferimento com armas de fogo, mas também das mortes decorrentes de doenças, que podem ser caracterizadas como doenças profissionais em ato de serviço. Precisamos mostrar que o número é bem maior do que esse que vem sendo divulgado. É inadmissível que esse número lamentável continue crescendo no nosso Estado.” Explicou o deputado.
Para ele, a mídia tenta passar para a sociedade que a morte dos policiais militares é algo normal. O deputado afirma ainda que a atual política de Segurança Pública é prejudicial ao policial militar.
“Existe um protagonismo maior com relação ao policial que mata. Porém, com relação ao policial que morre, dá a impressão na grande mídia que isto é visto como algo comum, pelo cumprimento do dever. Eu quero deixar bem claro que a política de Segurança Pública empurra o policial para o risco, pois ele mata ou morre, fere ou é ferido ou fica sob judice, respondendo aos crimes.”
Além do presidente Paulo Ramos, a CPI será composta também pelos deputados Wagner Montes, vice-presidente, pelo relator Zaqueu Teixeira, pelos membros efetivos Iranildo Campos, Marcus Muller, Martha Rocha e Jânio Quadros e pelos suplentes Zito e Jorge Felippe Neto.