Já há alguns anos, circula um boato que o Colégio da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro poderia ser fechado ou municipalizado. Esta informação veio com ainda mais força agora que o concurso para novos alunos em 2016 foi cancelado.
Já haviam cerca de 800 alunos inscritos para as aulas do ano que vem, porém, as inscrições foram canceladas sem uma justificativa plausível. Além disso, a carga horária dos alunos também diminuiu, já que uma das três refeições que eram servidas por dia também havia sido cancelada.
Atualmente, a escola possui 311 alunos para aulas do 6° ano do ensino fundamental ao 3° ano do ensino médio, por isso, pais dos alunos temem que o colégio feche as portas e os alunos tenham que ser transferidos. Ainda que não feche, temem uma municipalização e defendem que o colégio deva continuar de propriedade da PMERJ.
Para que as dúvidas fossem esclarecidas, pais e diretores do colégio se reuniram para criar uma associação de pais. A associação de pais, amigos, mestres e funcionários do Colégio da PMERJ — Associação Tiradentes, foi criada com o intuito de centralizar as informações, concentrar e filtrar as ideias.
Eleita por aclamação, a chapa Gênesis é composta pelo presidente da associação, coronel Ricardo da Silveira Furtado, e ainda por dois vices presidentes, dois tesoureiros, dois secretários, uma diretoria Social, Cultural e de Esportes e Conselho Fiscal.
O presidente, coronel Ricardo Furtado, falou sobre a criação da associação de pais.
— Criamos isso aqui para que possamos centralizar as ideias, pois estava muto desorganizado, uns buscavam informação de um jeito, outros de outro jeito, claro, todos querendo ajudar, mas a criação dessa associação nos torna uma única mão para tentar atingir nosso objetivo, que é não deixar que o colégio da PM seja fechado ou municipalizado. Para isso, nós contamos com o apoio do comando-geral da PM, da Caixa Beneficente da Polícia Militar e de quem mais puder nos ajudar. Nosso planejamento é não só impedir que fechem o colégio, como também abrir mais unidades. Eu sou a favor de mais um colégio da PM na Baixa Fluminense, no Centro do Rio de Janeiro e em muitos outros lugares. Vamos lutar para conseguir a melhorias que nós tanto sonhamos — disse o coronel Furtado.
Em carta aberta a imprensa, a mãe de uma aluna e hoje diretora Social, Cultural e de Esportes da Associação Tiradentes, Marianne Del’Core, pediu ajuda para que o colégio não fosse fechado. Em seu argumento, disse que os alunos se orgulham de fazerem parte desta escola, pois além do bom ensino oferecido, os professores são policiais qualificados e que estão empenhados em passar o que tem de melhor no ensino nacional, tendo aulas de reforço para que o aluno aumente seu potencial e que possa competir com igualdade com estudantes de outras escolas. Em seu texto, ela também diz que os pais tiveram que investir cerca de R$500,00 em uniformes com padrão militar no início do ano, e que seria muito ruim se os alunos tivessem que ser remanejados para outras escolas. O texto cita ainda as dificuldades financeiras enfrentadas pela PMERJ e que esse seria o motivo do fechamento do colégio.
O CPMERJ vem realizando grandes conquistas nos últimos anos, representando muito bem a corporação da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. Segundo dados do IDEB 2013, o colégio é o primeiro colocado no município de Niterói, terceiro colocado no Estado do Rio de Janeiro e décimo sexto a nível nacional. Alguns alunos tem se destacado, como a aluna Luiza, que passou em 1° lugar em Física na UFF cursando o segundo ano do ensino médio, o aluno Gabriel do terceiro ano que acertou 46 em 50 questões na ESPCEX e o aluno Higor, que cursando o segundo ano passou em direito na UFF.